''Um erro não justifica outro erro'': Análise do filme ''O Sequestro do Voo 375''
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Ambientado em 1988, e sob o governo do presidente José Sarney, nos primeiros minutos do filme nos é apresentado um contexto de fome, miséria, alta inflação e pobreza crescente no Brasil. Dessa forma, fica evidente que a intenção nos primeiros minutos do filme, é nos fazer entender um pouco do caos que se encontrava o Brasil no final da década de 80, para que assim automaticamente, entendamos um pouco da dor de Nonato, e suas motivações por trás do sequestro do Voo 375. Até dado momento do filme, sim acabamos como brasileiros, entendendo toda a dor de Nonato, haja vista que o mesmo se trata no inicio do filme de um homem honesto, com uma filha pequena pra criar, e que entra em desespero após ficar desempregado.
Mas lembra do inicio da nossa análise, quando eu te pergunto caro leitor por que um erro não justifica outro erro? Pois é, essa a principal mensagem que o entrelinhas desse filme nos trás pro palco de reflexão ao seu final enquanto telespectador. Haja vista que, entendemos sim toda a dor de Nonato contra o presidente José Sarney que o motiva a sequestrar o voo 375, porém um erro não justifica outro erro. Isso porque, da mesma forma que entendemos a dor de Nonato no inicio do filme, entendemos também a dor de todos os passageiros inocentes, a partir do momento que Nonato covardemente, e só pensando em se vingar do presidente, e assim jogar como o avião nele, anuncia o sequestro de um avião com mais de 100 vidas, colocando automaticamente essas vidas em risco no filme, e a partir do momento que ele tira a vida do copiloto Salvador Evangelista no filme (esse com uma filhinha de 07 anos pra criar, e uma esposa pra sustentar). Logo nesse momento do filme nos é jogado na cara como telespectadores o porquê um erro não justifica outro erro.
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No final, após uma atitude heroica o piloto Murilo (esse sim precisa ser exaltado), contra a vontade do sequestrador, consegue pousar o avião em Goiânia, Nonato até tenta seguir seu plano, e chega até tentar trocar de avião querendo seguir com seu plano, porém acaba preso, e chega ao fim o pesadelo das vitimas na época.
NOTA PRO FILME: 9,5: Se trata de um filme com um bom roteiro, com ótimos efeitos especiais, e com uma boa moral por trás de tudo. O único ponto que o leva a ser um 9,5 e não um 10,00 é pela mudança exacerbada nas características de Murilo e Evangelista, que acredito possa incomodar aqueles que já viram na época os mesmos. A minha experiência isso não atrapalhou, porém que viu a tragédia pode sim causar um incomodo, por isso 9,5.
Assista nossa análise em video:
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