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''Um erro não justifica outro erro'': Análise do filme ''O Sequestro do Voo 375''

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Por que um erro não justifica outro erro? A convite da Disney, assistimos cerca de dias atrás diretamente da cabine de imprensa, o filme O Sequestro do Voo 375. O filme será lançado no próximo dia 07 de dezembro em todos os cinemas brasileiros, e se trata de uma adaptação pros cinemas do sequestro do Voo 375 ocorrido no dia 29 de setembro de 1988, que tinha como objetivo jogar o avião no Palácio do Planalto, sede da Presidência da República. Sem mais blá blá então, vamos ao que interessa...

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Ambientado em 1988, e sob o governo do presidente José Sarney, nos primeiros minutos do filme nos é apresentado um contexto de fome, miséria, alta inflação e pobreza crescente no Brasil. Dessa forma, fica evidente que a intenção nos primeiros minutos do filme, é nos fazer entender um pouco do caos que se encontrava o Brasil no final da década de 80, para que assim automaticamente, entendamos um pouco da dor de Nonato, e suas motivações por trás do sequestro do Voo 375. Até dado momento do filme, sim acabamos como brasileiros, entendendo toda a dor de Nonato, haja vista que o mesmo se trata no inicio do filme de um homem honesto, com uma filha pequena pra criar, e que entra em desespero após ficar desempregado. 

Mas lembra do inicio da nossa análise, quando eu te pergunto caro leitor por que um erro não justifica outro erro? Pois é, essa a principal mensagem que o entrelinhas desse filme nos trás pro palco de reflexão ao seu final enquanto telespectador. Haja vista que, entendemos sim toda a dor de Nonato contra o presidente José Sarney que o motiva a sequestrar o voo 375, porém um erro não justifica outro erro. Isso porque, da mesma forma que entendemos a dor de Nonato no inicio do filme, entendemos também a dor de todos os passageiros inocentes, a partir do momento que Nonato covardemente, e só pensando em se vingar do presidente, e assim jogar como o avião nele, anuncia o sequestro de um avião com mais de 100 vidas, colocando automaticamente essas vidas em risco no filme, e a partir do momento que ele tira a vida do copiloto Salvador Evangelista no filme (esse com uma filhinha de 07 anos pra criar, e uma esposa pra sustentar). Logo nesse momento do filme nos é jogado na cara como telespectadores o porquê um erro não justifica outro erro.


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Todas essas covardias que vemos no desenvolvimento do filme orquestradas por Nonato nos mostram o porque um erro jamais vai ser justificativa pra outro erro. O Nonato sim tinha todo o direito de ficar p/ da vida contra o presidente (que erra com ele, e a população brasileira), porém jamais o mesmo tinha direito (de cometer outro erro pra justificar o primeiro) de tirar a vida covardemente do copiloto Salvador Evangelista, e colocar em risco a vida de mais de 100 pessoas, que foi um grande ato de covardia. Diante disso não, um erro não justifica outro erro. E está a enorme lição que esse filme nos trás.

No final, após uma atitude heroica o piloto Murilo (esse sim precisa ser exaltado), contra a vontade do sequestrador, consegue pousar o avião em Goiânia, Nonato até tenta seguir seu plano, e chega até tentar trocar de avião querendo seguir com seu plano, porém acaba preso, e chega ao fim o pesadelo das vitimas na época. 

NOTA PRO FILME: 9,5: Se trata de um filme com um bom roteiro, com ótimos efeitos especiais, e com uma boa moral por trás de tudo. O único ponto que o leva a ser um 9,5 e não um 10,00 é pela mudança exacerbada nas características de Murilo e Evangelista, que acredito possa incomodar aqueles que já viram na época os mesmos. A minha experiência isso não atrapalhou, porém que viu a tragédia pode sim causar um incomodo, por isso 9,5. 

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