“Pod Ser Melhor”: A atriz Gabi Saadi Violeta de Poliana Moça e o psicólogo Leo Fraiman conversam sobre educação na era digital
No “Pod Ser Melhor” desta segunda-feira, 12 de junho, a apresentadora Roberta Miguel reúne a atriz Gabriela Saadi e o psicólogo, autor de diversos livros, Leo Fraiman. Os convidados debatem sobre a educação na era digital. Gabi comenta sua experiência como mãe na era tecnológica e Leo explica os malefícios que celulares, televisões e computadores podem trazer no desenvolvimento da criança e do adolescente. O episódio vai ao ar às 18h no canal do SBT no YouTube.
Leia também...Cumplices de Um Resgate: Resumo Semanal de 12 a 16 de de junho: Isabela, destrata Téo para não sair com ele?
Leo Fraiman argumenta que a forma moderna do abandono é a tela, em que o pai ou a mãe dá o celular ao filho para tentar agradá-lo: “Para que o filho não se frustre, não sofra, os pais dão a tela, depois o açúcar, depois o biscoito, depois reclama com a professora que cobrou nota ruim do filho. Então, instala-se uma tragédia social que tem tudo a ver com a tela”.
“A gente nunca teve tanta criança deprimida, ansiosa, angustiada, obesa, míope, com problema na cervical, problema de sono, problema escolar, agressividade, automutilação. Estamos em uma geração de smartphones e blind people [pessoas ofuscadas]. Os telefones dizem qual música vamos ouvir, qual comida vamos comer, qual notícia vamos ler, qual série vamos ver. Os telefones estão mais espertos e as pessoas mais lentas”, pontua o especialista.
Gabi é atriz e também professora de teatro. Intérprete de Violeta em “Poliana Moça”, a entrevistada tem dois filhos, um de 9 e outro de 14 anos. Ela está grávida do terceiro filho e fala no podcast como é a maternidade em um mundo tecnológico: “O meu filho mais velho, 14 anos, nasceu em uma geração que não era uma geração tão influenciada em tela como hoje, pelo menos a minha experiência de mãe me faz lembrar disso. Então, ele demorou muito para ter contato com o celular, com a tela, jogos, vídeos, era mais filme e desenho, mas ele já era mais grandinho, com uns três anos. Eu nunca acreditei na tela como prioridade. Em minha casa, eu sempre gastei tempo indo na praia, eu sou do Espírito Santo, então, eu acordava e brincava com as crianças, desde pequenos. [...] Eu construí essa presença com eles, mas eu sou uma mãe que não deixa tudo, eu deixo algumas coisas”.
“Eu me vejo tão raiz, eu me vejo tão básica e prática no meu educar. Eu sou cristã e a verdade é a verdade. O que é bom é bom, o que é ruim é ruim, não tem um meio termo nas coisas. Será que o Instagram tem todas as respostas para ser mãe?”, finaliza Saadi.
Para o psicólogo, o adulto responsável precisa dizer mais ‘não’ e o uso das telas tem uma idade mínima: “A gente está vivendo um fenômeno social. A partir de zero a seis anos, meia hora de tela já prejudica na linguagem da criança. O certo é nenhuma tela para crianças de zero a seis anos. De seis a 12 anos é de 30 minutos a uma hora de tela. O diálogo interno de uma criança e de um adolescente é muito baseado no ‘aqui e agora’, se não tem um adulto que diz ‘não’, dificilmente a criança amadurece”.
O “Pod Ser Melhor” vai ao ar quinzenalmente, às segunda-feira, às 18h00 no canal do SBT no YouTube e nas plataformas de áudio.
Nenhum comentário